O esquecimento diz respeito ao melhor: plurilinguismo e errância nos poemas de Moacir Amâncio
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2019n26a570Palavras-chave:
cultura sefardita, errância, diáspora, poesia plurilíngue.Resumo
O texto discute o volume Matula, de Moacir Amâncio. Aí o poeta recolheu os fragmentos da judeidade ibérica e de seus desdobramentos em Amsterdã, no Recife e pelo mundo afora. O artigo mostra como nesse livro tudo agora se transforma em traço de memória. Essas marcas são revalorizadas e constituem uma obra que além de memorial é profundamente irônica, pois recicla de modo livre, aberto e muitas vezes divertido, séculos de histórias e narrativas. O universo plurilíngue de Amâncio, que escreve também em hebraico, espanhol, inglês e esbarra no ladino, língua da judeidade sefardita, corresponde ao périplo da dispersão dos judeus, perseguidos pela Inquisição e sempre tentando sobreviver em outras terras. A diáspora figura aí como uma sequência de novos encontros e de desencontros.
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