Uma canção quebrada, um canarinho morto: vestígios melopoéticos em cultura de eliminação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2022n36a881

Palavras-chave:

Poesia e música, Literatura comparada, Pedro Casaldáliga

Resumo

Neste artigo, analisamos um poema de Pedro Casaldáliga, aproximando analogamente concepções e procedimentos da feitura dos versos e dos estudos comparados, segundo Pageaux (2011), centrados em três dimensões de base dialógica, articuladas entre si – vozes enunciativas dialogando em discurso direto (MAINGUENEAU, 2001), com diferentes pontos de vista; os versos em diálogo com seus próprios códigos, um metapoema (BOCHICCHIO, 2012), e a expressão sonoro-rítmica desses expedientes, em forma de “canção” (WISNIK, 2017; OLIVEIRA, 2020), diálogo entre música e poesia. Como resultado, a analogia revelou que os estudos comparados podem buscar as diferenças, investigar seus processos formadores e colocá-las em diálogo, valorizando a pluralidade sem colocar em prejuízo a singularidade. Tal é o modo da construção dos versos, da formação estética e da conscientização politizada de Pedro Casaldáliga.

Biografia do Autor

Célia Maria Domingues da Rocha Reis, Universidade Federal de Mato Grosso

Docente titular do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Referências

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Publicado

2022-05-29

Como Citar

Reis, C. M. D. da R. (2022). Uma canção quebrada, um canarinho morto: vestígios melopoéticos em cultura de eliminação. Texto Poético, 18(36), 28–51. https://doi.org/10.25094/rtp.2022n36a881