‘CAPTCHA’ dissolve a noite: Considerações sobre a poética do íntimo desabrigo de Tarso de Melo
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2020n29a644Palavras-chave:
Alguns Rastros, Tarso de Melo, modernidade, aceleração, desenraizamento, pós-utopia.Resumo
Propõe-se uma leitura do poema CAPTCHA de Tarso de Melo, publicado em Alguns Rastros (2018). Aturdido diante da necessidade de provar (ao computador) que é um ser humano, selecionando imagens na tela, o eu lírico acaba por ser levado a uma reflexão sobre o sentido de ser e estar no mundo. Ao recuperar o tema da modernidade por excelência, situando o poeta como um flâneur, mas sem perder de vista a aceleração a que estamos sujeitos em uma sociedade dromocrática, o eu poético reitera o sentimento de deslocamento e desenraizamento do sujeito lírico, mas, paradoxalmente, flana sem sair lugar, diante da tela, dissolvido na noite.
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