“Que Ruídos Emitem Essas Vidas?”: Ecos entre Poesia e Direitos Humanos na Produção de Alberto Pucheu
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2023n40a1021Palavras-chave:
Literatura, Direitos humanos, Poesia, Existências mínimasResumo
Este artigo tem como objetivo trazer reflexões acerca das relações entre literatura e direitos humanos na obra do poeta e professor Alberto Pucheu. vidas rasteiras, publicado em 2020, tensiona o rastejar coletivo de sujeitos despossuídos, desregrados e invisibilizados, pelo Estado e pelo capital, em todos os seus direitos fundamentais. Nesse sentido, este trabalho problematiza como a poesia inventa formas mínimas de existência diante da constante deterioração dos direitos dos homens. Para ampliar esse conceito, o estudioso David Lapoujade (2017) aponta que não há uma existência mais real ou autêntica do que outra; não há, portanto, uma hierarquia dos modos de ser. Cada maneira de ser é singular e incomparável. Assim, as existências mínimas comparecem em Pucheu para pôr em vista o direito de existir, o que provoca tanto uma discussão de ordem estética quanto político-ética.
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