Por todo lado e em lugar nenhum: 'A educação pela pedra' e a formulação de um pacto ético-estético

Autores

  • Diego Grando Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2018n25a487

Palavras-chave:

João Cabral de Melo Neto, 'A educação pela pedra', poética, ética, estética.

Resumo

Neste artigo, proponho uma leitura de A educação pela pedra, publicado por João Cabral de Melo Neto em 1966, desenvolvendo a hipótese de que a obra formula implicitamente um pacto ético-estético. Num primeiro momento, busco restituir a transitividade do termo educação, a partir do pensamento de Araújo (2002), para em seguida analisar o entrelaçamento entre as questões éticas e estéticas suscitadas em alguns poemas. Posteriormente, acrescento à reflexão o pensamento de Cabral sobre a obra de Joan Miró, na qual se encontrariam refletidos os mesmos pressupostos do pacto ético-estético da obra analisada.

Biografia do Autor

Diego Grando, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutor em Letras pela UFRGS, na linha de pesquisa Estudos literários aplicados: Literatura, Ensino e Escrita criativa, mestre em Teoria da Literatura - Escrita Criativa pela PUCRS e licenciado em Letras - Português/Francês pela UFRGS.

Referências

ARAÚJO, Homero José Vizeu. O poema no sistema: a peculiaridade do antilírico João Cabral na poesia brasileira. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2002.

JAKOBSON, Roman. Linguística e poética. In:___. Linguística e comunicação. 18. ed. São Paulo: Cultrix, 1998.

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SANSEVERINO, Antônio Marcos Vieira. Sempre as mesmas palavras?. In: CAMPOS, Maria do Carmo (org.). João Cabral em perspectiva. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1995. p.121-146.

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Publicado

2018-07-30

Como Citar

Grando, D. (2018). Por todo lado e em lugar nenhum: ’A educação pela pedra’ e a formulação de um pacto ético-estético. Texto Poético, 14(25), 525–542. https://doi.org/10.25094/rtp.2018n25a487