Hilda Hilst leitora: uma introdução à biblioteca da Casa do Sol
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2020n30a695Palavras-chave:
Hilda Hilst, arquivo, biblioteca, marginália, processo.Resumo
Tendo em vista a paixão pelo conhecimento e a centralidade da atividade de leitura para a escritora Hilda Hilst – fato identificável na amplitude de sua biblioteca, nas referências a diversos autores em seus livros, nas anotações em seus cadernos e nas entrevistas que dava –, este artigo delineia uma prática de leitura produtiva que acontece simultaneamente a um processo de escrita. Para tanto, faz uma introdução à biblioteca da Casa do Sol, local em que Hilda Hilst viveu por quase quarenta anos e onde construiu a maior parte de sua obra. Ao trazer para a cena os escritos hilstianos que correm à margem do que foi publicado – ampliando, dessa maneira, as materialidades da escrita – questiona-se os fundamentos do que se costuma caracterizar como “obra” literária.
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