Machado de Assis e as traduções que publicou em <i>Crisálidas</i>

Autores

  • José Américo Miranda Universidade Federal de Minas Gerais (aposentado); Universidade Federal do Espírito Santo (pesquisador DCR).

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2017n22a359

Palavras-chave:

Poesia brasileira, Tradução de poesia, Machado de Assis.

Resumo

Quando Machado de Assis publicou suas Poesias completas, em 1901, ele excluiu diversos poemas de seus três primeiros livros – Crisálidas (1864), Falenas (1870) e Americanas (1875). Todas essas obras continham poesias, de procedências diversas, traduzidas por Machado de Assis. Ao longo de sua trajetória, ele traduziu poetas de língua francesa, inglesa, alemã, italiana, polonesa, chinesa, além de um salmo bíblico. As seis poesias traduzidas que apareceram em Crisálidas foram todas excluídas por ele, ao passo que as dos outros dois livros passaram às Poesias completas. Este artigo examina as seis traduções presentes na primeira edição de Crisálidas e busca explicações para a exclusão delas, pelo próprio autor, de suas Poesias completas

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.25094/rtp.2017n22a359

Biografia do Autor

José Américo Miranda, Universidade Federal de Minas Gerais (aposentado); Universidade Federal do Espírito Santo (pesquisador DCR).

É mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em Literatura Comparada pela mesma Universidade. Professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aposentado. Atualmente, pesquisador DCR (Desenvolvimento Científico Regional) do CNPq, com apoio da Fundação da Amparo à Pesquisa e Inovação do Espirito Santo (FAPES), junto ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

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Publicado

2017-06-20

Como Citar

Miranda, J. A. (2017). Machado de Assis e as traduções que publicou em &lt;i&gt;Crisálidas&lt;/i&gt;. Texto Poético, 13(22), 208–234. https://doi.org/10.25094/rtp.2017n22a359