Como se fosse uma carta: a casa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2005n46a1179

Palavras-chave:

Carta, Poesia, Intimidade, Memória

Resumo

O objetivo deste artigo é refletir sobre produções epistolares a partir do diálogo com Como se fosse a casa: uma correspondência. O livro registra as trocas poéticas entre Ana Martins Marques e Eduardo Jorge quando a poeta mineira morou um mês no apartamento dele, enquanto ele estava na Europa. A correspondência reinscreve a tradição epistolar como gesto de criação e abertura a novas possibilidades do fazer poético e epistolográfico. A noção de envio e, por conseguinte, de desvio, com a qual Jacques Derrida dialoga em Cartão-Postal (2007), constitui, entre outros, um importante ponto de reflexão para a leitura.

Biografia do Autor

Angela Guida, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Docente na Graduação e Pós-Graduação Letras, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Brasil.

Lohayne dos Santos Sousa, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Brasil.

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Publicado

2025-09-28

Como Citar

Guida, A., & dos Santos Sousa, L. (2025). Como se fosse uma carta: a casa. Texto Poético, 21(46), 279–300. https://doi.org/10.25094/rtp.2005n46a1179