Lembrando Manolete: horizontes e limites na poesia cabralina

Autores

  • Rodrigo Garcia Barbosa UFLA

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2018n25a518

Palavras-chave:

João Cabral de Melo Neto, Manolete, poesia, tauromaquia.

Resumo

O trabalho se propõe refletir sobre aspectos da poesia de João Cabral de Melo Neto a partir de seus poemas sobre a tauromaquia, principalmente aqueles que fazem referência a Manolete, toureiro com o qual Cabral reconhece ter afinidades estéticas e pessoais, em versos e depoimentos. Questões como a contenção da palavra poética e o antilirismo cabralino serão abordadas tendo como perspectiva o caráter performativo e a condição tensa e precária de um fazer artístico que se quer no extremo, tal qual o dos toureiros, com a consciência dos riscos que essa escolha representa.

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Publicado

2018-07-30

Como Citar

Barbosa, R. G. (2018). Lembrando Manolete: horizontes e limites na poesia cabralina. Texto Poético, 14(25), 482–503. https://doi.org/10.25094/rtp.2018n25a518