Visões do Oriente e dos Impérios; Théophile Gautier e Giuseppe Verdi

Autores

  • Celina Maria Moreira de MELLO

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2014n17a221

Resumo

 A ópera Aida  (1871), do compositor italiano

Giuseppe Verdi (1813-1901), explora um tema pitoresco

exótico, a força, a selvageria e a plasticidade dos antigos

impérios egípcios, que tanto marcaram as imagens do

outro no século XIX e que também podemos encontrar

em inúmeras obras românticas, tais como o Romance da

múmia  (1857) de Théophile Gautier (1811-1872). O poeta

e romancista francês compartilhou com o compositor um

imaginário romântico que fez do Egito um dos espaços mais

evocados no século XIX, para uma ambientação pitoresca

oriental. Ambos projetam as imagens românticas do antigo

Egito que encantaram tantos viajantes e cuja plasticidade

muito deve às imagens que foram se formando, a partir de

um fundo de textos, documentos, desenhos, interpretações

e fabulações criadas por poetas, escritores e pintores. Sua

consolidação resulta de processos de dominação política

e de representação, em que a literatura e a arte têm um

papel primordial. Evocamos, aqui, de que modo os antigos

impérios do Egito são reconstruídos por Théophile Gautier

em Le Roman de la momie  e por Verdi em Aida,  na mesma

lógica das relações entre a arte e a sociedade.

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Como Citar

MELLO, C. M. M. de. (2015). Visões do Oriente e dos Impérios; Théophile Gautier e Giuseppe Verdi. Texto Poético, 10(17). https://doi.org/10.25094/rtp.2014n17a221

Edição

Seção

Dossiê