Escrita, cuerpo y bomba: (no) maternidad en la poesía contemporánea de mujeres

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2024n41a999

Palabras clave:

Poetas brasileñas contemporáneas, Maternidad, Aborto, Ley

Resumen

Este trabajo tiene como objetivo verificar cómo la poesía contemporánea de Cristiane Sobral y Bianca Chioma crea un discurso de contraposición que revela los imperativos sociales, jurídicos y culturales que circundan la maternidad. Entendemos que esta literatura opera una doble subversión porque rompe la noción de forma y aborda un tema tabú (aborto) en una sociedad con una fuerte herencia religiosa colonial. Los poemas tambien revelan que la imposición de la maternidad está relacionada con la criminalización del aborto, una discusión fuertemente entrelazada con factores de raza y clase.

Biografía del autor/a

Flávia Dall Agnol de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestranda em Estudos Literários pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Bacharel em Direito pela Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP-RS).

Rita Terezinha Schmidt, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professora doutora, titular aposentada, pesquisadora 1B do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) atuando na condição de convidada do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.

Citas

ABREU, Izis. Silêncios rompidos: uma reflexão sobre a hipersexualização da mulher negra a partir da obra de Maria Lídia Magliani. Edição revisada do texto veiculado em Blogueiras Negras, 26 jun. 2017. In: Magliani: volume II/ curadoria Denise Mattar e Gustavo Possamai; textos: Ado Malagoli, Angélica de Moraes, Antonio Hohlfeldt [et. al]. Fundação Iberê Camargo, 2022, p. 57-59.

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.

AGUIAR, Brunno Henrique Kill et al. A legislação sobre o Aborto nos Países da América Latina: uma Revisão Narrativa. Comunicação em Ciências da Saúde, v. 29, n. 01, p. 36-44, 2018.

ALBUQUERQUE, Stephane Alves de. Violência, trauma e maternidade em Mujer negra y otros poemas e Poemas de recordação e outros movimentos. 2020. Dissertação (Mestrado em Letras) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.

BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

BITTENCOURT, Rita Lenira de Freitas. A estranha poesia das mulheres: corpos, vozes, performances. In: CUNHA, Andrei dos Santos; FERREIRA, Cinara Antunes. Mundopoética: geopolíticas do literário. Porto Alegre: Class, 2020, p. 248-262.

BITTENCOURT, Rita Lenira de Freitas. Poética das margens: de brilhos, sopros e utensílios. In: JARDIM, Luciana Abreu. (Org.). Literatura do íntimo. Vinhedo: Horizonte, 2018. p. 109-125.

BOLTANSKI, Luc. As dimensões antropológicas do aborto. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 7, Brasília, p. 205-245, jan./abr. 2012.

BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Rio de Janeiro, RJ: Presidência da República, 1940. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: 17 jul. 2023.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 11. ed. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

CANDIDO, Marcia Rangel; FERES JÚNIOR, João. Representação e estereótipos de mulheres negras no cinema brasileiro. Revista Estudos Feministas, v. 27, p. 1-14, 2019.

CESAR, Ana Cristina. A teus pés (prosa/poesia). São Paulo: Editora Brasiliense S.A., 1982.

CHIOMA, Bianca. [a lenda]. In: ARRAES, Jarid (Org.). Poetas negras brasileiras: uma antologia. 1 ed. São Paulo: Editora de Cultura, 2021.

CIXOUS, Hélène. O riso da Medusa. Tradução de Natália Guerellus e Raísa França Bastos. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2022.

COELHO, Frederico. Quantas margens cabem em um poema?. In: FERRAZ, Eucanaã. (Org.). Poesia Marginal: Poesia e Livro. São Paulo: Instituto Moreira Sales, 2013, p. 11-41.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista estudos feministas, v. 10, p. 171-188, 2002.

CRR. The World’s Abortion Laws. Center for Reproductive Rights, 2023. Disponível em: https://reproductiverights.org/maps/worlds-abortion-laws/. Acesso em: 17 jul. 2023.

CUNHA, Olívia Maria Gomes da. Criadas para servir: domesticidade, intimidade e retribuição. In: CUNHA, Olívia Maria Gomes da; GOMES, Flávio (Org.). Quase-cidadão: histórias e antropologias da pós emancipação no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2007

D’ALVA, Roberta Estrela. SLAM: voz de levante. Rebento, n. 10, p. 268-286, 2019.

DERRIDA, Jacques. Essa estranha instituição chamada literatura: uma entrevista com Jacques Derrida. Trad. de Marileide Dias Esqueda. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Tradução de Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2019.

ESPINOSA-MIÑOSO, Yuderkys. Fazendo uma genealogia da experiência: o método rumo a uma crítica da colonialidade da razão feminista a partir da experiência história na América Latina. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. (Org.). Pensamento Feminista Hoje: Perspectivas Decoloniais Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. E-book.

FACIO, Alda. Hacia otra critica del derecho. In: FACIO, Alda; FRIES, Lorena (comp. y selección). Genero y Derecho. Santiago: LOM Ediciones, La morada, 1999, p. 15-44.

FEDERICI, Silvia. Calibán y la bruja: mujeres, cuerpo y acumulación originaria. Tradução de Veronica Hendel e Leopoldo Touza. Madrid: Traficantes de Sueños, 2010.

FOLEGO, Thais. Criminalização do aborto mata mais mulheres negras. Revista Azmina, 2015. Disponível em: https://azmina.com.br/reportagens/precisamos-falar-de-abortoe-como-ele-mata-mulheres-negras/. Acesso em: 17 jul. 2023.

FOUCAULT, Michel. Sobre a história da sexualidade. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, v. 2, n. 1, p. 223-244, 1984.

GUIMARÃES, Ana Rosa Gonçalves de Paula. Acerca do fazer poético e da fragmentação em Ana Cristina Cesar. Revista Interfaces, v. 11, n. 2, p. 219-227, 2020.

HENRIQUES, Cibele da Silva. Do trabalho doméstico à educação superior: a luta das mulheres trabalhadoras negras pelo direito à educação superior. O Social em questão, v. 20, n. 37, p. 153-171, 2017.

HÉRITIER, Françoise. Masculino Feminino/II: Dissolver a hierarquia. Lisboa: Instituto Piaget, 2002.

HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). 26 poetas hoje. [S.l.]: E-galáxia, 2016. E-book.

LAURETIS, Teresa de. A tecnologia de gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. (Org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. E-book.

LUGONES, María. Colonialidade e gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. (Org.). Pensamento Feminista Hoje: Perspectivas Decoloniais Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. E-book.

LUGONES, Maria. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas , Florianópolis, v. 22, p. 935-952, 2014.

MAGLIANI, Maria Lídia. A arte existe para incomodar. Zero Hora, Porto Alegre, 2 set. 1979. In: Magliani: volume II/curadoria Denise Mattar e Gustavo Possamai; textos: Ado Malagoli, Angélica de Moraes, Antonio Hohlfeldt [et. al]. Fundação Iberê Camargo, 2022. p. 17.

MAGLIANI, Maria Lídia. Não quero ser fatiada. In: ASSUMPÇÃO, Euzébio; MAESTRI, Márcio (coord.). Nós, os afro-gaúchos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1996, p. 100.

OST, François. Contar a lei: as fontes do imaginário jurídico. Trad. de Paulo Neves. São Leopoldo: Unisinos, 2004.

PEREIRA, Cleidi. Entre a cruz e a espada: a (des)penalização do aborto na América Latina. Florianópolis: Editora Insular, 2021.

SANTOS, Gyme Gessyka Pereira; SALES, Sandra Regina. A Mulher Negra Brasileira, Miscigenação e o Estupro Colonial: O mito da democracia racial e o reforço de estereótipos racistas e sexistas. Caderno Espaço Feminino/Uberlândia, MG, v. 31, n. 1, 2018.

SANTOS, Renan Rosa dos Santos. As políticas de branqueamento (1888-1920): uma reflexão sobre o racismo estrutural brasileiro. Por dentro da África, 2019. https://www.pordentrodaafrica.com/educacao/as-politicas-de-branqueamento-1888-1920-umareflexao-sobre-o-racismo-estrutural-brasileiro. Disponível em: 25 jul. 2023.

SCHMIDT, Rita Terezinha. Corpo/Palavra/Sangue: O levante de “Sangria”. eLyra: Revista da Rede Internacional Lyracompoetics, n. 16, 2020, p. 23-39.

SOBRAL, Cristiane. Caminhos. Blog Cristiane Sobral, 2012. Disponível em: https://cristianesobral.blogspot.com/2012/03/caminhos-poesia-de-cristiane-sobral.html. Acesso em: 28 nov. 2023.

SOBRAL, Cristiane. Não vou mais lavar os pratos. Blog Cristiane Sobral, 2009. Disponível em: https://cristianesobral.blogspot.com/2009/08/nao-vou-mais-lavar-ospratos.html. Acesso em: 28 nov. 2023.

SOBRAL, Cristiane. Não vou mais lavar os pratos. 2 ed. Brasília: Dulcina Editora, 2011.

Publicado

2024-01-28

Cómo citar

Dall Agnol de Oliveira, F., & Terezinha Schmidt, R. . (2024). Escrita, cuerpo y bomba: (no) maternidad en la poesía contemporánea de mujeres. Texto Poético, 20(41), 107–129. https://doi.org/10.25094/rtp.2024n41a999