LEITURA DE POESIA: “PAISAGENS COM CUPIM”, DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2016n20a340Resumen
Inicialmente, o que pode definir um texto como poesia é a forte marca de subjetividade. Ocorre que a subjetividade expressa no poema deve ser pensada a partir de sua especificidade e pela sua dinâmica na própria forma do texto. Nessa perspectiva, proponho interpretar o poema “Paisagens com cupim”, de João Cabral de Melo Neto, na trilha do pensamento de Theodor Adorno (2003) de que quanto mais escondida estiver a relação cristalizada entre o eu e a sociedade, mais bem acabado esteticamente é o poema. A forma poética capta melhor um movimento histórico no momento em que menos se preocupa em expor uma simples consequência das relações vigentes em uma dada situação. O que importa aqui não é uma temática social, mas como o sujeito poético trabalha formalmente elementos dispostos na realidade.
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