Sujeito em trânsito: filiação e ruptura ao Modernismo em Armando Freitas Filho
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2014n17a226Resumen
A poesia contemporânea revela identificação
com os modernistas. Se esta afinidade se revela, muitas
vezes, como “retradicionalização” (SIMON, 2011), em que
os poetas fazem uso de formas, técnicas e procedimentos
de modo conciliatório, evidenciando uma leitura mais de
homenagem do que de crítica, em outros casos, porém, o
diálogo se reveza entre convergências e conflitos com as
poéticas de mestres como João Cabral, Carlos Drummond,
Manuel Bandeira, entre outros. Armando Freitas Filho
insere-se nesta segunda tendência da poesia brasileira,
formada por poetas que buscam se libertar da tradição para
trilhar um caminho singular. João Cabral é um dos principais
poetas com os quais Armando Freitas Filho estabelece uma
relação de permanente tensão. Se a relação entre Armando e
Cabral se dá por meio da desleitura, do desvio, marcando sua
filiação, pela diferença, os poemas dedicados a Drummond,
publicados em Numeral/Nominal (2003), reveza entre
um desejo de rivalizar com ele e com a impossibilidade de
alcançá-lo.
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