GEOGRAFIA ÍNTIMA DAS COISAS: A POESIA DE MICHELINY VERUNSCHK
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2010n9a49Abstract
Propõe-se examinar a poética das coisas no livro Geografia íntima do deserto, de Micheliny Verunschk, procurando evidenciar a relação dessa poética com uma tradição lírica moderna que remonta a, entre outros, Francis Ponge e João Cabral de Melo Neto. Intenta-se acompanhar como se configura a intimidade nessa poesia que parece negá-la ao se voltar para o exterior. Para tanto, serão lidos alguns poemas exemplares de Geografia íntima do deserto. Antes disso, far-se-á um percurso por teorias da lírica, de Hegel a pensadores modernos e contemporâneos, para refletir sobre a subjetividade, seu suposto desaparecimento na modernidade poética e sobre a possibilidade de construção de uma figuração outra da intimidade em uma poesia que a apaga da epiderme do texto.
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