Êxodo, desnatureza e outras paisagens éticas na poesia de Marília Floôr Kosby

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2021n33a781

Palavras-chave:

poesia brasileira contemporânea, Marília Floôr Kosby, pensamento-paisagem, ética.

Resumo

A proposta deste artigo se baseia no livro de Marília Floôr Kosby intitulado Mugido – ou diário de uma doula (2017), cuja paisagem se localiza nas estâncias do extremo sul do Brasil. Ao confrontarem a máquina performativa do patriarcalismo colonial e suas tecnologias de produção de violências, especialmente contra as mulheres e os animais, a poesia de Kosby dá forma a um pensamento-paisagem e a uma poética da relação, para falarmos com Michel Collot (2013), vocalizada de um não lugar ou da não existência histórica e poética atribuída às mulheres. Rejeitando a condição de um não sujeito e de mera nota de rodapé dos discursos universais, a poética que se vê em Mugido opera uma desarticulação da linguagem, a partir da qual se estabelecem relações inéditas de solidariedade entre a poesia e a experiência vivida, ou entre o que há de comum no silêncio das mulheres e no dos animais.

Biografia do Autor

Martha Alkimin, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutora em Letras e Professora do Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da
Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, Rio de Janeiro.

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Publicado

2021-05-30

Como Citar

Alkimin, M. (2021). Êxodo, desnatureza e outras paisagens éticas na poesia de Marília Floôr Kosby. Texto Poético, 17(33), 98–109. https://doi.org/10.25094/rtp.2021n33a781