Filosofia do nome: a busca pela matéria em ‘A obscena senhora D’, de Hilda Hilst
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2020n30a689Palavras-chave:
Hilda Hilst, A obscena senhora D, Hylè, Khôra, Nome.Resumo
O presente artigo se constrói a partir da novela A obscena senhora D, de Hilda Hilst, e da relação entre a protagonista da novela, Hillé, e a figura grega Hylè, aproximadas, aqui, principalmente pelo nome e pelo sensível – seja da carne, seja da palavra. O objetivo é pensar a força étima que busca esclarecer os dramas da linguagem e do corpo, pensando também um segundo nome, Senhora D, representada imageticamente pelo “D’’ (arco e reta), que conduz um possível entendimento da configuração da matéria tanto como corpo-carne quanto potência e linguagem, corpo-palavra. A metodologia busca aproximar o pensamento reflexivo de Hilst com o pensamento de filósofos como Platão e Derrida de maneira ensaística e dialógica. Pensar filosoficamente com Hilda Hilst é o resultado. E a conclusão é uma anticonclusão obscena que forja uma filosofia dos nomes.
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