Somos nós que morremos a morte: Acercamento a ‘Da morte. Odes mínimas’, de Hilda Hilst

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2020n30a688

Palavras-chave:

morte, (re)nomear, corpo, erotismo, Hilda Hilst.

Resumo

Este artigo analisa o tema da morte no livro de poemas Da morte. Odes mínimas, de Hilda Hilst, a partir da noção de que há uma vivência na morte e que somos nós que, de diferentes maneiras, morremos a morte. O percurso crítico-analítico deste ensaio está dividido em três momentos: primeiro, o de uma (re)nomeação da morte; segundo, o de um chamado da morte com o corpo, tendo como pano de fundo o clássico tópico da morte e da donzela; e terceiro, o de uma virada do espelho que se interpõe entre a mulher-poeta e a morte.

Biografia do Autor

Fernando de Sousa Rocha, Middlebury College

Associate Professor of Luso-Hispanic Studies

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Publicado

2020-05-31

Como Citar

Rocha, F. de S. (2020). Somos nós que morremos a morte: Acercamento a ‘Da morte. Odes mínimas’, de Hilda Hilst. Texto Poético, 16(30), 53–74. https://doi.org/10.25094/rtp.2020n30a688