ALGUMA MÚSICA NA LÍRICA DO BRASIL COLÔNIA
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2016n21a369Abstract
Constitutiva do estilo seiscentista, a invenção lírica do Brasil Colônia é abordada aqui em algumas de suas convenções poético-retóricas. O artigo não sublinha a utilização de tais recursos como mera extravagância barroquista, a qual produziria uma linguagem encerrada em seus próprios torneios conceituais e construtivos, gerando obscurantismo e exibicionismo. O objetivo é verificar como três dessas figuras comuns (disseminação e recolha, anadiplose e anáfora) ao estilo do período potencializam a sonoridade do lírico, gênero por origem e definição músico-poético.
Palavras-chave: Lírica. Poesia brasileira colonial. Teoria e análise de poesia.
References
ALONSO, D. Lope de Vega: símbolo do barroco. In: Poesia espanhola: ensaio de métodos e limites estilísticos. Tradução Darcy Damasceno. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura/Instituto Nacional do Livro, 1960.
ARISTÓTELES. Poética. Tradução, notas e comentários de Eudoro de Souza. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
BILAC, O.; PASSOS, G. Gêneros literários. In: Tratado de versificação. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1949.
BLUTEAU, R. Vocabulário português e latino. Lisboa: Na Oficina de Pascoal da Silva, v. 7, 1720. Edição em CD-ROM. Rio de Janeiro: UERJ, Departamento Cultural, 2000.
CARVALHO, M. do S. F. Gênero lírico e estilo mediano. In: Poesia de agudeza em Portugal. São Paulo: Humanitas Editorial/Edusp/Fapesp, 2007.
CASTELLO, J. A. 12a. Conferência: 8 de outubro de 1724. Assunto: quem cala vence. In: O movimento academicista no Brasil: 1641-1820/1822 – Vol. I – Tomo 3. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1969.
CASTIGLIONE, B. O Cortesão. Tradução de Carlos N. M. Louzada. Apresentação de Alcir Pécora. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
CÍCERO. O Orador. Tradução de Adriano Scatolin. In: SOUZA, Roberto Acízelo de (Org.). Do mito das musas à razão das letras: textos seminais para os estudos literários (séc. VIII a. C. – séc. XVIII). Chapecó, SC: Argos, 2014.
HANSEN, J. A. Leituras Coloniais. In: ABREU, M. (Org.). Leitura, História e História da Leitura. Campinas, SP/São Paulo: Mercado de Letras/Associação de Leitura do Brasil/FAPESP, 1999.
______. A Sátira e o engenho: Gregório de Matos e a Bahia do séc. XVII. Cotia, SP/Campinas, SP: Ateliê Editorial/Editora da UNICAMP, 2004.
HORÁCIO. Arte poética. Edição bilíngue. Introdução, tradução e comentários de R. M. Rosado Fernandes. Lisboa: Editorial Inquérito, 1984.
KIEFER, B. O século XVI. In: História e significado das formas musicais. Porto Alegre: Movimento, 1981.
LOBO, F. R. Corte na aldeia. Introdução, notas e fixação do texto de José Adriano de Carvalho. Lisboa: Editorial Presença, 1991.
MATOS, G. de. Poemas atribuídos: Códice Asensio-Cunha, vol. 1. Edição e estudo João Adolfo Hansen e Marcello Moreira. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
MIRANDA, J. A. Botelho de Oliveira encarece os rigores de Anarda: um madrigal. In: O Eixo e a roda, vol. 11. Belo Horizonte: 2005. Disponível em: http://150.164.100.248/poslit/08_publicacoes_txt/er_11/er11_jamb.pdf Acesso em: 15 nov. 2015.
MUHANA, A. Introdução. In: OLIVEIRA, Manuel Botelho de. Música do Parnaso. Lira sacra. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
QUINTILIANO. Instituições Oratórias. Tradução de Jerônimo Soares Barbosa. In: SOUZA, Roberto Acízelo de (Org.). Do mito das musas à razão das letras: textos seminais para os estudos literários (séc. VIII a. C. – séc. XVIII). Chapecó, SC: Argos, 2014.
SILVA RAMOS, P. E. da. Poesia Barroca – Antologia. São Paulo: Melhoramentos, 1967.
SPINA, S. Na Madrugada das formas poética. Cotia: Ateliê Editorial, 2002.
TEIXEIRA, Ivan. A Poesia aguda do engenhoso fidalgo Manuel Botelho de Oliveira. In: OLIVEIRA, Manuel Botelho de. Música do Parnaso. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2005.
ZUMTHOR, P. Da poesia à música. In: Escritura e nomadismo. Tradução de Jerusa Pires Ferreira e Sonia Queiroz. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2005.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
I authorize the Texto Poético Journal to publish the paper of my authorship/responsibility that I now submit, in case it is accepted for online publication.
Moreover, I declare that this contribution is original and that it was not submitted to any other editor for publication.
The copyright of the works published at the virtual space of the Texto Poético Journal are automatically entitled to the journal. Their total or partial reproduction is conditioned to the authors' citations and publication data.
Texto Poético is licensed under a Creative Commons - Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0).