“Metade fêmea metade mar como as sereias”: significações do mar na poesia de Natália Correia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2025n45a1157

Palavras-chave:

Mar, Natália Correia, Poesia, Mulher

Resumo

O mar é elemento presente na poesia de Natália Correia, uma vez que inspira e condiciona a expressão do “eu” lírico. Nascida na ilha de S. Miguel, em 1923, de onde partiu aos onze anos para se fixar em Lisboa, Natália recorre ao mar como forma de recuperar memórias e entender o sentido da sua própria existência. Assim, o mar configura a sua identidade enquanto poetisa, porque nele ela vê uma forte ligação de pertença. É sobre a relação umbilical que se cria entre a poesia de Natália Correia e o mar que incide o presente estudo, o qual visa demonstrar, através da análise de um corpus selecionado de poemas, publicados em diferentes épocas, que Natália Correia é, segundo as suas palavras, “metade fêmea metade mar como as sereias.”

Biografia do Autor

Rui Tavares de Faria, Universidade dos Açores/CECH - Universidade de Coimbra

Professor Auxiliar Convidado do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade dos Açores, Ponta Delgada, Portugal; Investigador Integrado do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, Portugal.

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Publicado

2025-05-25

Como Citar

Tavares de Faria, R. (2025). “Metade fêmea metade mar como as sereias”: significações do mar na poesia de Natália Correia. Texto Poético, 21(45), 122–136. https://doi.org/10.25094/rtp.2025n45a1157