“Nada há neste mundo que seja intraduzível” – Jorge de Sena e a tradução de poesia
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2024n42a1037Palavras-chave:
Poesia, Tradução, Fidelidade, Poeta-tradutorResumo
O presente artigo pretende analisar a maneira como Jorge de Sena entende a tradução de poesia e os critérios por que se rege na sua atividade de tradutor. Analisando, de forma detalhada, as várias reflexões de caráter tradutológico, que decorrem quer da experiência enquanto tradutor de versos, quer da experiência como leitor voraz de poesia, tenta mostrar-se como o entendimento do ofício de tradutor é crucial para a compreensão do seu projeto poético. Assim, defende-se que a teoria seniana sobre tradução, indissociável da concepção geral de toda a sua obra, tende a recusar a estranheza e a privilegiar a fidelidade, entendida frequentemente como naturalização do poema traduzido.
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