Flores da batalha: o direito ao comum e a luta por reconhecimento na poesia periférica de Sérgio Vaz
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2023n40a1025Palavras-chave:
Literatura Periférica, Literatura Marginal, Sérgio Vaz, Direito ao comumResumo
Neste artigo analisamos a obra Flores da batalha (2023), do poeta Sérgio Vaz. A proposta consiste em apontar que nesta poesia, autodefinida como periférica e marginal, desvela-se uma utopia de emancipação e reconhecimento social do sujeito periférico a partir de uma árdua batalha pela conquista de direitos, especialmente o direito ao comum e à produção e fruição democrática da literatura. A partir desta hipótese, buscamos analisar alguns poemas da obra, observando como a temática em destaque se desenvolve também em processos construtivos e formais em um contexto cultural distanciado da tradição literária e próximo das formas de expressão periféricas.
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