Dois livros ou A encruzilhada do dizer de Maria Esther Maciel
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2012n12a95Resumo
O presente tem por objetivo uma leitura da contemporânea mineira Maria Esther Maciel. Tomando como base dois de seus livros publicados, quais sejam, O livro de Zenóbia (2004) e O livro dos nomes (2008), pretende-se pontuar aspectos decisivos de sua produção: a utilização do formato dicionaresco, a demanda pela participação do leitor como construtor efetivo das histórias que narra, a fragmentação dessas mesmas narrativas, o caráter extremamente híbrido das duas obras, e, sobretudo, a fundamentação num dizer de teor claramente poético. Estes livros de poemas em prosa-contoromance trabalham, ainda, a relação entre ficção e realidade, ao propor um movimento em que os personagens, verdadeiras figuras, como que se escrevem a si mesmos, envoltos sempre num ambiente de matizes claramente poéticas. É este substrato poético produtor de personalidades vivas e diversas que procuramos enfatizar nestes textos cuja marca principal é a mistura de dizeres.
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