Esse canto imantado: Ascese e excesso na lírica de Hilda Hilst
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2020n30a669Palavras-chave:
Hilda Hilst, lírica, ascese, excesso, representações de Deus.Resumo
O artigo busca identificar na lírica de Hilda Hilst posterior à década de 70 um movimento de verticalização do objeto do canto amoroso, que ora está no campo da imanência, ora é divinizado por meio de interpolações de caráter negativo como Cara Escura, Aquele Outro, Nada, Sem Nome, Obscuro, Grande Face etc. Defende que haja um cantar de amor como método de transcendência, tanto do sujeito lírico, que sofre a coita amorosa, como do amado que provoca esse sofrer. Esse canto se organiza a partir de dois movimentos pendulares que sustentam a lírica hilstiana: a ascese, enquanto movimento de desprendimento de si, e o excesso, como investimento absoluto na paixão amorosa e método privilegiado de conhecimento de Deus.
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