Charles Baudelaire e Cecília Meireles: ressonâncias poéticas sob o domínio da noite
DOI:
https://doi.org/10.25094/rtp.2019n28a617Palavras-chave:
Charles Baudelaire, Cecília Meireles, poesia, Simbolismo, noite.Resumo
Segundo a perspectiva simbolista, a noite evoca a representação de seres e objetos a partir de relações sinestésicas, de correspondências ora consonantes ora contraditórias, mas, sempre complementares. Charles Baudelaire (1821-1867) é considerado o precursor da corrente simbolista, tanto que os traços prementes à sua obra anteciparam a apreensão da exterioridade por meio da faculdade imaginativa. Semelhante a Baudelaire, uma aura noturna, evocativa e enigmática é expressa na escrita de Cecília Meireles (1901-1964). Nosso trabalho consiste em aproximar a poesia desses dois artistas por meio da observação de como a noite, noção tão cara ao Simbolismo, se configura em “A música” e “Noturno”. Para tanto, propomos uma leitura interpretativa acerca dos poemas de Baudelaire e de Cecília Meireles.
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