Tua memória, pasto de poesia’: Configurações da memória em Carlos Drummond de Andrade

Autores

  • Solange Fiuza Cardoso YOKOZAWA

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2009n6a154

Resumo

Os mitos pretéritos constituem um dos principais núcleos de criação da poesia de Carlos Drummond de Andrade. Presente em toda a obra do poeta, desde o livro de estreia, Alguma poesia, até a publicação póstumaFarewell, o passado torna-se eixo nuclear em três volumes publicados nas décadas de 60 e 70: Boitempo (1968), Menino antigo (Boitempo II, 1973) eEsquecer para lembrar (Boitempo III, 1979), mais tarde conhecidos como série Boitempo. Mas os poemas memoriais não representam um bloco homogêneo. Ao longo do itinerário poético drummondiano, a exumação do pretérito e a sua recriação em poesia assumem inflexões bastante diversas, as quais estão em consonância com mudanças que se processam no projeto estético do autor. Segue essas diferentes modulações uma reflexão crítica sobre os conteúdos de representação mnemônica e sobre a própria linguagem, numa atitude crítica que está na base da poesia de Drummond e da literatura moderna de um modo geral. Este artigo acompanha modulações da memória drummondiana em três momentos: o de Alguma poesia, aquele que se manifesta na poesia mais estritamente social de A rosa do povo e o da série Boitempo.

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Como Citar

YOKOZAWA, S. F. C. (2014). Tua memória, pasto de poesia’: Configurações da memória em Carlos Drummond de Andrade. Texto Poético, 5(6). https://doi.org/10.25094/rtp.2009n6a154

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Artigos