João José Cochofel e a recusa do imaginário simbolista/decadentista

Autores

  • Chimena Barros da GAMA

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2009n6a153

Resumo

O trabalho ora apresentado objetiva a análise de composições de Sol de Agosto, do poeta coimbrão João José Cochofel, a fim de refletir sobre seu diálogo com a poética do Simbolismo/Decadentismo português e de outros países como a França. Livro importante para a poesia lusitana, surgido no início dos anos 40, pouca crítica (embora com nomes de peso como Eduardo Lourenço e Fernando Guimarães) atenta para o fato de que a lírica de Cochofel rompe com resquícios do lirismo simbolista em voga ainda no século XX (bem como com a eloquência presencista). O fato é que o autor foi membro do grupo neo-realista português, e fatores problemáticos surgem quando se pensa na poesia de uma tendência literária tão engajada. Porém, Cochofel, exatamente ao afirmar sua lírica do concreto e baseada nos sentidos, e ao negar o imaginário simbolista/decadentista, consegue ser o maior poeta da vertente, excedendo os limites do discurso teórico, crítico e literário do grupo ao qual pertenceu. 

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Como Citar

GAMA, C. B. da. (2014). João José Cochofel e a recusa do imaginário simbolista/decadentista. Texto Poético, 5(6). https://doi.org/10.25094/rtp.2009n6a153

Edição

Seção

Artigos