A poesia nas cartas de Augusto Meyer e Mário de Andrade: um laboratório da crítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2005n46a1189

Palavras-chave:

Mário de Andrade (1893-1945), Augusto Meyer (1902-1970), Modernismo Brasileiro, Poesia, Correspondência

Resumo

O período mais dinâmico da correspondência de Mário de Andrade e Augusto Meyer, entre 1927 e 1932, coincide com a publicação de sete títulos de poesia. A abundância de comentários acerca da própria obra e de trabalhos um do outro confirma o valor das cartas – inéditas no que se refere à parcela remetida por Augusto Meyer – como um laboratório da crítica, em que exercícios de leitura elaboram um protocolo de probidade literária.

Biografia do Autor

Marcelo Maraninchi, Universidade de São Paulo (USP)

Pós-doutorando, IEB-USP, São Paulo, Brasil.

Referências

ANDRADE, Mário. “AUGUSTO MEYER: Literatura e poesia”, in: Revista Nova, São Paulo, fev. 1932, nº 5, pp. 109-110.

ANDRADE, Mário de. Mário de Andrade escreve cartas a Alceu, Meyer e outros. Organização: Lígia Fernandes. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1968.

BANDEIRA, Manuel. Apresentação da poesia brasileira. São Paulo: Cosac Naify, 2009. CANDIDO, Antonio. “Poesias”, in: Clima, São Paulo, jan. 1942, nº 8, pp. 72-78.

CARVALHAL, Tânia. Augusto Meyer: crítico e poeta. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro, 1987. (Coleção Letras Rio-Grandenses, 3).

CARVALHAL, Tânia. A evidência mascarada: uma leitura da poesia de Augusto Meyer. Porto Alegre: L&PM, 1984.

CHIAPPINI, L. Modernismo, Simbolismo e Regionalismo: a antropofagia particular dos “novos” no Rio Grande do Sul. Literatura E Sociedade, 27(36), 188-209, 2022. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i36p188-209. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i36p188-209

DIAZ, Brigitte. O gênero epistolar ou o pensamento nômade. Tradução Brigitte Hervot e Sandra Ferreira. São Paulo: Edusp, 2016.

HAROCHE-BOUZINAC, Geneviève. L’épistolaire. Collection Contours Littéraires. Paris: Hachette, 1995.

Inventário do Arquivo Augusto Meyer. Rio de Janeiro: Ministério da Cultura, Fundação Casa de Rui Barbosa, Centro de Literatura Brasileira, 1988.

LAFETÁ, João Luiz. 1930: A Crítica e o Modernismo. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1974.

LAFETÁ, João Luiz. “A poesia de Mário de Andrade”, A Dimensão da noite. São Paulo: Editora 34, 2004, p. 318-9.

LERICHE, Françoise; PAGÈS, Alain (orgs.). Genèse & Correspondances. Paris: Éditions Archives Contemporaines/ ITEM, 2012.

LOPEZ, Telê Ancona. Leituras e Criação: Fragmentos de um diálogo de Mario de Andrade. Manuscrítica: Revista de Crítica Genética. São Paulo, Brasil, n. 15, p. 62–95, 2007. Disponível em: https://revistas.usp.br/manuscritica/article/view/177610. Acesso em: 21 jul. 2025. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i15p62-95

MORAES, Marcos Antonio de. Orgulho de jamais aconselhar: a epistolografia de Mário de Andrade. São Paulo: Edusp/Fapesp, 2007.

PASINI, Leandro. O Prisma dos Grupos: a difusão nacional do modernismo e a poesia de Augusto Meyer. O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, [S.l.], v. 25, n. 2, p. 177-199, dez. 2016. DOI: https://doi.org/10.17851/2358-9787.25.2.177-199

Downloads

Publicado

2025-09-28

Como Citar

Maraninchi, M. (2025). A poesia nas cartas de Augusto Meyer e Mário de Andrade: um laboratório da crítica. Texto Poético, 21(46), 159–178. https://doi.org/10.25094/rtp.2005n46a1189