Mário Jorge às margens do verso: deslocamento e inquietação no sujeito poético

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25094/rtp.2024n42a1081

Palavras-chave:

Mário Jorge, Poesia, Marginalidade

Resumo

A partir da antologia Cuidado, silêncios soltos (1993), organizada por Vinícius Dantas, este trabalho localiza o sujeito poético na obra de Mário Jorge. Articulada em sete seções, em sua primeira parte, intitulada “O marginauta”, a obra revela a condição de deslocamento do poeta, tanto em relação ao contexto político-social da ditadura militar no Brasil quanto à posição marginalizada da própria produção artística brasileira. O artigo demonstra, por meio das análises dos poemas selecionados, como Mário Jorge constrói um sujeito poético “marginauta”, cuja natureza inquieta e movente vincula-se à situação de marginalidade – social e artística.

Biografia do Autor

Katherine de Albuquerque Mendonça, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

É doutoranda em Estudos Literários do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Sergipe. Graduada em Letras (2020) e Mestre em Estudos Literários também pela Universidade Federal de Sergipe (2023), desenvolveu um trabalho de crítica literária acerca da poesia concretista em Sergipe, com foco no poeta Mário Jorge. Na pesquisa de doutorado, recebe financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Alexandre de Melo Andrade, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

É professor adjunto do Departamento de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Doutor em Letras/Estudos Literários pela UNESP/Araraquara. Editor-chefe da Revista de Letras Travessias Interativas – revista do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Sergipe. Bolsista de produtividade do CNPq, nível 2.

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Publicado

2024-05-30

Como Citar

de Albuquerque Mendonça, K., & de Melo Andrade, A. (2024). Mário Jorge às margens do verso: deslocamento e inquietação no sujeito poético. Texto Poético, 20(42), 49–69. https://doi.org/10.25094/rtp.2024n42a1081